Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando. Clarice Lispector

27.2.11

Prosa presa

   A menina pensa... Pena!
   A prosa está presa em teus dedos inquietos, a poesia que não quer ser solta. Poesia leve e sutil, com sinceridade que fere. Fere olhos de quem lê, quando voa. Fere teu peito, quando não se liberta. 
   Vá, menina. Coloca teus versos em um guardanapo de boteco, deixa sobre a mesa, entre corações embriagados e olhos trêmulos. Deixa por lá. Deixa o mundo ler teus versos que não são teus mas de outros pra quem escreve. Deixe o mundo desvendar tua alma complexa, deixa o universo te ler. As estrelas pingarão tuas luzes tranquilas sobre ti, enquanto desvanda teus mistérios. Luzes que riem para ti, que curam tuas marcas antigas.

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