Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando. Clarice Lispector

28.12.10

Menino-dourado

  Oh, menino-dourado, jamais me diga Adeus, me deixa repousar nos braços teus. Meu coração sangra uma dor que não posso gritar, venha me acalmar. Passe a mão sobre meus cabelos, deixa teu perfume grudar em mim. Me dê um beijo e diga que jamais se afastará daqui. Nossa rede na varanda, espera ansiosa, guarda o teu lugar. O sol virá nos aquecer e a lua nos fará adormecer. Tantas histórias virão nessa varanda, tantos sorrisos. Minha cama apertada guardará nossos segredos e medos, e essas palavras, meu amor, lembraremos felizes delas. E riremos, juntos. Temos tempo, temos calma, mas não se perca de mim, menino-dourado. Já não sei se posso viver sem tua poesia, quero a gente nesse mundo, do mesmo lado, em harmonia. Até logo...

22.12.10

Para um anônimo-talvez-dourado

  Será ele um anônimo-dourado? Acendeu em mim um sorriso animado, feito inocente criança. Venha com dúvidas, mas entre nessa dança. Vou no seu ritmo, com calma. Faz um café forte, senta nessa varanda com sua alma de luz. Esse brilho que vem de ti, compete com as estrelas que brilham por mim, por nós. Me venha com prós, mas não me venha contra. São tantas dúvidas também, já perdi a conta. Será que vai partir ao amanhecer, como vagalume cansado de sua asinha bater? Será que se incomoda com minha cama apertada, que é desculpa pra nos seus braços ficar confortada? Ou será que ele nem veio, com receio da minha falta de jeito? Oh, menino-dourado, não sei quem eu sou, nem de onde vim, mas pode confiar em mim, meu abraço apertado não fugirá de ti.

Me faz sorrir...

Descobrir escondindo em mim, algum cheiro teu.

14.12.10

Para um menino dourado


  Não espero. Não desespero. Sigo com calma, com cautela. Longe desse rio de esperas. Teus olhos brilhantes o céu roubou a cor, são verdejantes, radiantes. Inveja a flor, que desabrocha nessa mata, me mata de saudade. Vem com teus cabelos de ouro, vem com teu sorriso tesouro. Me cura, me nina, me cuida. Vem, quero ser tua. Leve, minha alma. Leve minha calma. Sem horas, sem dores, sem tempo-espaço. Só esse laço, que não desfaço. Me faz café ao amanhecer, te faço carinho pra adormecer. Conta-me teus segredos, menino-dourado. Conto-te meus medos, de menina-roubada. Espanta demônios, fantasmas. Dividimos a cama, quase sem espaço. Dormiremos em um só abraço. Apertado.

7.12.10

Entrega

*Qualquer dia faço uma loucura... 
*Faz nada, você está nessa marcação faz mais 
de dez anos. Mais de dez anos.   
A gente se entrega nas menores coisas.
(Caio Fernando Abreu)


  Quase 02 horas da manhã, Internet, tédio e um inicio de sábado não muito animador. Qual domingo em fim de tarde fora minha sexta-feira monótona carregada de televisão - eu odeio televisão. Entre palavras de Caio, caio nessa frase - citada logo acima. Você não vê algo de gênio ou brilhante nessa descoberta? Há declarações espalhafatosas, beijos mecânicos de boa noite em seus familiares, jantares caríssimos, diamantes, presentes chiquerrimos. Fútil. Essas coisas podem ser agrupadas nisso: INÚTIL. Simples. Caio disse algo que está diante do nosso nariz, algo que não percebemos muitas vezes. Não? Ah, vejamos então, o que lhe cai melhor: seu amado lhe dando jóias caríssimas, levando pra comer nos melhores restaurantes, pra te comer nos melhores motéis... ou... bem, que em um dia de chuva, solidão e muito gelo entre vocês, ele te cuida, te protege e diz com gestos: "eu te amo". E o coração dele pulsa dizendo: "Me desculpe, não posso te machucar, eu te amo demais pra isso."
  Não, o cara que te ama é aquele que lhe dá um cartão de crédito sem limites, lhe apresenta pros pais dele, faz tudo que você pede...
  Me desculpe, mas você não sabe o que é se entregar. Nem a coisa maravilhosa que há por trás disso tudo. Gestos pequenos, gestos impensados, gestos guiados unicamente pelo seu coração. Gestos que exalam amor, entrega e confiança. É disso que eu tô falando. A M O R.

6.12.10

Two and a half man

O seu corpo está mandando um sinal. O álcool é um veneno.
Então porque bebe?
Há coisas dentro de mim que preciso matar.
Não da pra matar seus sentimentos com álcool, tio Charlie. Nem pra afogar as mágoas com doce. Acredite, eu já tentei.