Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando. Clarice Lispector

21.9.10

Maré mansa

  Sentada na areia, as ondas tocam meus pés e eu vejo o sol quente, ardendo e sorrindo lá do alto para nós. Você tirando a camisa, sua bermuda vermelha em contraste com sua pele branca. O vento brinca com meus cabelos e traz seu cheiro, fico sem palavras. Me dá um nó na garganta, e um medo. Que medo! Queria dizer o quão lindo você está, mas não é necessário. Meus olhos brilham, te iluminam. E você me deita na areia, brinca comigo, beija meu rosto e me puxa pro mar. Meu vestido branco, pano liso, gruda em meu corpo, tento fazer cara de brava. Você ri de mim e diz que fico linda assim. Pergunta se eu te odeio, eu digo sim. Rindo, sorrindo, gargalhando. Você me abraça, me beija, me deita no chão. E a gente fica ali, onde as ondas terminam, olhando pro céu azul e pros pássaros voando. Brisa boa, brisa leve. Seu olhar se declara, meu coração pulsa em minhas mãos e eu as estendo pra você. De mãos dadas, olhos úmidos e a alma flutuando. Aplaudimos o pôr-do-sol.
 
(Claus e Vanessa - Vamos combinar ♫)

Um comentário:

Selene * disse...

Algumas cenas são tão poéticas que se bastam...É um grande emaranhado de imagens,passa um filme por aqui.
E acabou com a dádiva de aplaudir o pôr-do-sol.

Doce e inocente.

Lindo,meu bem!(: